GINÁSTICA ARTÍSTICA
A ginástica artística, também conhecida no Brasil como ginástica olímpica, é uma modalidade da ginástica
formada por exercícios realizados em alguns aparelhos: cavalo, argola, solo e, barra (assimétrica e paralela).
Esta modalidade entrou na primeira edição dos jogos olímpicos da era moderna.
As apresentações da ginástica artística são individuais — ainda que nas disputas por equipes, possuem o tempo
aproximado de trinta a noventa segundos de duração, são realizadas em diferentes aparelhos sob um conjunto
de exercícios e separadas em competições femininas e masculinas.
Os movimentos dos ginastas devem ser sempre elegantes e demonstrarem força,
agilidade, flexibilidade, coordenação, equilíbrio e controle do corpo.
A preparação de um atleta passa por três fases. A primeira, que dura até aproximadamente os dez anos de idade, é
a de iniciação. Depois, começa a fase de treinamento intensivo, específico para a modalidade escolhida.
A média da idade de início é aproximadamente doze anos (idade com que as ginastas iniciam-se geralmente,
na categoria júnior nacional).
No terceiro momento, aos quinze em geral, começa o treinamento de alto nível,
em que o atleta deve buscar maior autonomia e desenvolver ao máximo sua performance.
Gestos
São abundantes os movimentos que podem ser realizados pelo atleta durante suas apresentações na ginástica artística.
A variação se dá tanto no solo, quanto nos demais aparelhos. No entanto, tais movimentos possuem apenas duas variantes:
longitudinal girar em volta de si mesmo as piruetas; e transversal de movimento, o mortais.
Baseado nisso,
seus elementos foram chamados de técnicos, em vista dos intensos treinamentos para se atingir a perfeição da execução
dos elementos ginásticos e acrobáticos.
Abaixo seguem alguns dos mais conhecidos movimentos e
suas descrições de realização. Movimentos não especificados com localização de realização são utilizados em vários
momentos.
Os saltos e tomadas de equilíbrio (como as paradas de mãos), por exemplo, são de uso de praticamente
todos os aparelhos, tanto masculinos quanto femininos:
- Abertura — ação muscular de extensão da articulação dos quadris e pernas.
- Avião — posição de equilíbrio típica da trave, em que o ginasta mantém uma perna no chão e eleva a outra para trás,
com os braços abertos. Exige força, flexibilidade e equilíbrio.
- Carpada — as pernas estendidas formam um ângulo com o tronco. É possível também ter uma posição carpada de pernas afastadas.
- Diamidov — movimento típico das barras paralelas, o ginasta segura com uma mão uma das barras, e gira em torno do próprio corpo.
- Dos Santos (duplo twist carpado) — dois giros em torno do corpo, seguido de dois mortais no ar com uma flexão no quadril levando as mãos à altura do joelho.
- Empunhaduras — são tomadas, pegadas ou presas, que representam várias maneiras do executante segurar o aparelho e manter-se nele.
- Estendida — o corpo deve estar em linha reta, sem nenhum ângulo.
- Flic-flac — movimento preparatório para acrobacias. O ginasta levanta os braços esticados ao mesmo tempo em que seus pés deixam o
solo, usando um grande impulso dos ombros. Pode ser executado para frente ou para trás.
- Giro de quadris para trás (oitava de apoio para apoio) — o corpo executa um giro completo em torno do eixo transversal. Movimento típico das barras assimétricas.
- Giro gigante — elemento específico das barras assimétricas. Uma rotatória em volta da barra de 360º, executada com todo o corpo na posição estendida.
- Grupada — todas as partes do corpo se flexionam e se aproximam de ponto central corporal. As pernas devem estar flexionadas e a testa deve tocar o joelho.
- Parada de mãos — exercício mais básico da ginástica artística. O corpo deve permanecer na linha do pulso. Dedos afastados permitem melhor equilíbrio.
- Parafuso — uma rotação (em torno do próprio corpo para os lados) sem o uso das mãos no solo.
- Roda — é a chamada estrela. O ginasta passa lateralmente em apoio invertido (de ponta cabeça) e retoma de pé.
- Rondada — semelhante à roda, com os dois pés chegando ao solo no mesmo instante. Usada pelos ginastas para acelerar uma "passada" de movimento pontuado.
- Rudi — um parafuso e meio na posição estendida após o movimento para frente. Exemplo: flic-flac para frente, mortal simples para frente.
- Salto pak — típico das barras assimétricas. É usado para passar da barra mais baixa para a mais alta. A ginasta faz um movimento semelhante com
o flic-flac, pois o salto pak é também um movimento preparatório pontuado.
- Selada — corpo forma um arco e as costas ficam "arqueadas" para trás.
Ginastas de destaque na modalidade
Abaixo, encontram-se listados cinco destaques femininos e cinco masculinos, entre o passado e a atualidade, acompanhando a evolução
que apresentou o esporte.
Para a seleção foram usados alguns critérios: a época em que se destacaram, participações olímpicas e
mundiais, reconhecimento internacional, conquistas e movimentos inseridos na tabela da FIG.
Feminino
- Larissa Latynina (UCRÂNIA)
- Vera Caslavska (REPÚBLICA TCHECA)
- Nadia Comaneci (ROMÊNIA)
- Svetlana Khorkina (RÚSSIA)
- Shawn Johnson (EUA)
- Aliya Mustafina (RÚSSIA)
- Simone Biles (EUA)
- Rebeca Andrade (BRASIL)
Masculino
- Mitsuo Tsukahara (JAPÃO)
- Alexander Tkachev (RÚSSIA)
- Nikolai Andrianov (RÚSSIA)
- Sawao Kato (JAPÃO)
- Kai Zou (CHINA)
- Kohei Uchimura (JAPÃO)
Aparelhos VERSÃO MASCULINA
Cavalo com alças
O cavalo com alças é um aparelho exclusivo da ginástica artística masculina. Com dimensões de 1,15 m x 1,60 m x 35 cm,
o aparelho possui alças com distância ajustável e altura de 12 cm.
Argolas
Apenas os ginastas do masculino competem nas argolas. O aparelho é constituído por uma estrutura de onde
prendem-se duas argolas, a 2,75 metros do solo. A distância entre elas é de 50 cm e o seu diâmetro interno é de 18 cm.
Barras Paralelas
As barras paralelas são um aparelho da ginástica artística em que apenas os homens se apresentam.
As medidas são de 1,95 x 3,5m, e as barras ficam distanciadas entre 42 e 52 cm.
Barras Fixas
A barra fixa é um dos aparelhos da ginástica artística com competição exclusivamente masculina. Ela é presa sobre uma
estrutura de metal a 2,75 m do solo e possui 2,40 m de comprimento.
Aparelhos VERSÃO FEMININA
Barras Assimétricas
Apenas as mulheres competem nas barras assimétricas. Este aparelho é fabricado com fibras sintéticas e
material aderente. A barra mais alta fica a 2,36 metros do solo, enquanto a mais baixa tem 1,57 m de altura.
Trave de equilíbrio
A trave é um aparelho exclusivo da ginástica artística feminina. Trata-se de uma barra revestida com
material aderente, com 5 metros de comprimento, 10 centímetros de largura e posicionada a 1,25 metro do chão.
Solo
Disputado tanto por homens quanto por mulheres, o solo é praticado em um estrado de 12×12 m, feito de
material elástico que amortece quedas e auxilia nos saltos durante as apresentações.
Salto sobre a mesa
O salto sobre a mesa é um dos dois aparelhos utilizados em competições tanto masculinas quanto femininas,
além do solo. Esta é a prova mais rápida da ginástica artística, com uma duração aproximada de 50 segundos.